Desde que assumiu o posto mais alto da Igreja Católica, o papa Francisco, que morreu na última segunda-feira (21), manteve uma postura crítica à falta de regulamentação das redes sociais
Em diferentes oportunidades, o papa alertou sobre os perigos dos discursos de ódio, da desinformação e do isolamento provocado pelo uso de telas. Francisco foi alvo de uma das primeiras deepfakes virais, em que uma foto manipulada com auxílio de inteligência artificial ou mostrava vestido com uma jaqueta estilo puffer.
Em uma de suas declarações públicas sobre as redes sociais, o papa ressaltou o potencial desumanizador das redes, que, diante do mau uso, pode reduzir “as relações humanas a meros algoritmos”. Em 2023, o Vaticano chegou a publicar um guia para que os católicos adotem práticas para evitar “ciladas digitais”, convocando os fiéis a serem “bons samaritanos” nas redes sociais. Francisco — o primeiro papa a aparecer em uma selfie — deixou um legado em áreas diversas, como a primeira encíclica sobre o meio ambiente. Outro legado foi a promoção da educação midiática, um tema recorrente em suas manifestações, como explicamos no Instagram.
Projeto do governo quer medidas preventivas para usuários
Em entrevista ao Uol , João Brant, secretário de Políticas Digitais, explicou detalhes do projeto que o governo federal pretende apresentar para regulamentos como big techs no Brasil. Sem criar novos tipos de penalidades, o texto prevê que as plataformas atuem de forma preventiva para proteger os usuários. O projeto também inclui o combate aos golpes e fraudes, além de criar regras para a presença de crianças e adolescentes no ambiente digital.
Alguns deputados e senadores já manifestaram resistência às mercados internacionais e ainda não há previsão de quando o projeto será enviado ao Congresso. No entanto, após a morte de uma criança que participou de um “desafio” proposto nas redes sociais, a regulação digital voltou a ser discutida. Há um projeto de lei na Câmara especificamente para o dever de cuidado das plataformas digitais em relação ao público infantojuvenil, o PL 2628/2022.
Informação: Gabriel Nilton via DIN 24 HORAS. Fonte: Redes Cordiais.
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